sexta-feira, 20 de março de 2009

Baixista do Rosa de Saron avisa: “próximo CD é elétrico”


A banda Rosa de Saron está vivendo uma nova fase. Depois de completar 20 anos de carreira, em 2008, num ano cheio de realizações, o grupo inicia 2009 com um novo contrato de distribuição para o DVD Rosa de Saron Acústico e ao vivo, numa parceria entre a banda e as gravadoras CODIMUC e Som Livre. A partir de fevereiro, a banda Rosa de Saron deve chegar à grande mídia. Em entrevista ao jornalismo da CODIMUC, o baixista e fundador da banda, Rogério Feltrin fez uma avaliação do ano de 2008 e falou também sobre a nova fase e os projetos para 2009.
CODIMUC - O ano de 2008 foi especial para vocês não só pelo aniversário de 20 anos da banda, mas também por ter sido um ano de grandes realizações. Até o vocalista, Guilherme de Sá, atacou de ator. Como vocês avaliam o ano que passou e que marcas ele deixou em cada um de vocês em particular e na banda como um todo?
Rogério - Verdade, o Guilherme mandou muito bem no papel de filho mala (risos). Ou ele nasceu para o papel ou é muito talentoso. Eu acho que são as duas coisas (risos). Bom, falando sério, 2008 foi muito puxado, cansativo até, mas as recompensas vieram além da medida. O ano acabou faz pouco tempo e na verdade eu acho que vai ser interessante olhar para 2008 daqui a alguns anos, já com certo distanciamento, porque tenho certeza de que veremos como um ano que marcou nossas vidas. Não pelas realizações e conquistas em si, mas pela forma como as vivenciamos. Foi tudo vivido com muita intensidade e emoção. Acho que vai marcar o sentimento de gratidão a Deus.
CODIMUC - No final do ano passado, vocês fecharam um contrato com a Som Livre para distribuição do CD/DVD Rosa de Saron Acústico e ao vivo, o que alguns fãs da comunidade da banda no Orkut chamaram de Grand Finale. Como vocês estão vivendo esse momento e quais as expectativas?
Rogério - Interessante que no dia da gravação do DVD e também quando escrevi o livro, eu disse que acreditava que esse DVD seria o encerramento de um ciclo e o início de outro. Na época, nem existia a ideia de que um dia seríamos procurados pela Som Livre, e agora eu vejo o quanto foram proféticas essas palavras. Se a gente fosse lançar na SL um novo trabalho, então o DVD seria o encerramento de um ciclo e o novo trabalho seria o começo de um novo ciclo. Mas o DVD cumpriu exatamente esse papel, tanto de encerrar com chave de ouro uma fase quanto de estrear outra. Não passava pela minha cabeça que o que eu disse e escrevi se concretizasse de forma tão literal. Isso para mim foi sobrenatural. Por tudo isso, estamos vivendo esse momento com confiança e tranqüilidade. E praticamente com a mesma expectativa dos fãs, tentando imaginar até onde isso pode alavancar o trabalho, a evangelização. Eu tento manter os pés no chão porque estar em uma gravadora grande não é tudo na vida de um artista, é preciso muito trabalho para que a coisa aconteça. Mas trabalhar bastante nunca foi problema para o Rosa, então estamos otimistas demais. Acho que essa "explosão" do Pe. Fabio de Mello jogou a expectativa das pessoas lá em cima, mas temos que reconhecer que o que aconteceu com ele foi um fenômeno. E fenômenos não acontecem todo dia. Independente disso, apostamos sim que o trabalho vai crescer mais ainda.
CODIMUC - Há notícias de que outros cantores e cantoras católicos estão fechando contratos de distribuição com a Som Livre, a exemplo do Pe. Fábio de Melo. Como vocês vêem esse novo momento? A saída da música católica é atingir a mídia secular?
Rogério - Primeiramente vejo com alegria. Já diz o ditado que uma andorinha só não faz verão. Quanto mais gente, melhor. Juntos, teremos mais força, seremos mais representativos. Por outro lado, é um engano achar que o caminho seria ir todo mundo para uma gravadora secular, isso seria um erro. Tem que ir quem estiver vocacionado, o mercado secular é uma frente vital de evangelização (de outra forma, não seria evangelização). Mas existe necessidade, como missão e como arte, de existir grupos, cantores e até mesmo gravadoras com o foco exclusivamente dentro da Igreja. É necessário que haja músicas para nossa Liturgia, para nossos retiros e encontros, para nossos louvores, para nossas orações silenciosas.
CODIMUC - Na opinião de vocês, a que se deve esse interesse de gravadoras seculares pela música católica? Isso é um sinal claro de que a música católica não fica devendo em nada a outros tipos de música?
Rogério - Gravadoras seculares não têm visão missionária, o que é perfeitamente normal e compreensível (e isso não faz delas demoníacas). Quando elas olham para um artista, tentam visualizar duas coisas, não necessariamente juntas: potencial de venda e qualidade artística. É interessante para eles quando o artista vende bem. Ou, se não vende bem, que seja muito bom, porque eles precisam de nomes que agreguem qualidade, isso é bom para a imagem deles. Acredito que eles estejam enxergando em nosso meio duas coisas que no mercado secular estão se tornando raras: os discos católicos vendem razoavelmente bem e em nosso meio há artistas de qualidade e talento. Que gravadora não deseja isso? Eles finalmente começaram a enxergar.
CODIMCU - Quais os projetos da banda Rosa de Saron para 2009? Vocês têm em vista o lançamento de um novo CD de inéditas?
Rogério - É muito cedo pra falar de um novo trabalho, o DVD acaba de ser relançado e ele ainda tem muito gás. Comprovadamente, ele ainda desperta um grande interesse nas pessoas. Nosso principal projeto é investir na divulgação mais ampla desse trabalho. Por outro lado, ainda temos todo o ano pela frente, muita coisa pode acontecer. Ideias malucas sobre coisas novas temos todos os dias (risos), vontade de entrar em estúdio novamente também, vamos ver o que gente consegue organizar e também o que Deus tem preparado para a gente nesse sentido. Concretamente, ainda não temos nada programado.
CODIMUC- No próximo trabalho a banda retorna ao elétrico ou ainda vai trabalhar mais um pouco a sonoridade acústica?
Rogério - O próximo trabalho retorna ao elétrico com certeza. O acústico tem sido maravilhoso, tem sido uma experiência gratificante e quando acabar vai deixar a gente morrendo de saudade, mas a essência da banda é elétrica, nossa pegada é tocar em pé (risos).
CODIMUC - Deixa uma mensagem para o público que curte o Rosa de Saron por todo esse Brasil.
Rogério - Rosarianos, estamos diante de um novo desafio. Esse desafio não é só da banda, mas de todos nós, que sonhamos com uma nova evangelização, que somos apaixonados por música católica e queremos vê-la reconhecida e valorizada. Esse desafio é gigantesco e Deus conta com poucos, mas quando nos unimos na oração, na comunhão, no amor, vencemos exércitos muito mais numerosos que o nosso. Estamos diante de uma oportunidade de fazermos diferença, de fazer com que nossas vozes finalmente sejam ouvidas. Se existe um momento exato para nos darmos as mãos, então esse momento é agora. A Igreja conta conosco e os que estão fora dela anseiam por aquele a quem anunciamos: Jesus Cristo. Deus abençoe vocês.

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